Saúde e Ciência

Suplementos de vitamina A podem ser perigosos após os 50 anos, alerta especialista em geriatria

Christopher Norman, enfermeiro especialista em geriatria, alerta sobre os riscos do excesso de vitamina A em pessoas acima de 50 anos, recomendando uma dieta variada em vez de suplementos.

Atualizado em
April 10, 2025
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Vitamina A — Foto: Freepik

Após os cinquenta anos, o uso de certos suplementos, como a vitamina A, pode trazer riscos à saúde, conforme alerta Christopher Norman, enfermeiro especialista em geriatria do Conselho Nacional sobre Envelhecimento (NCOA). Ele enfatiza que as mudanças no corpo e as condições de saúde comuns nessa faixa etária podem afetar a metabolização de medicamentos e suplementos, exigindo cautela na sua utilização.

Norman recomenda uma reavaliação do uso de vitamina A em suplementos, destacando que uma dieta equilibrada geralmente é suficiente para suprir as necessidades diárias desse nutriente. O consumo excessivo pode resultar em problemas como perda de densidade óssea, danos ao fígado e complicações gastrointestinais, entre outros.

Fontes naturais de vitamina A incluem vegetais e frutas, como espinafre, abóbora, cenoura e batata-doce. Esses alimentos não apenas ajudam a atender às necessidades nutricionais, mas também contribuem para a saúde da visão, saúde bucal e manutenção da pele. A Universidade de Harvard reforça que, embora a vitamina A seja essencial, o corpo não a produz, sendo necessário obtê-la através da alimentação.

A vitamina A, por ser solúvel em gordura, pode se acumular no organismo, levando a efeitos adversos se consumida em excesso. Harvard também alerta que a ingestão elevada pode causar inflamação cerebral e danos ao fígado, especialmente em mulheres grávidas. Além disso, suplementos de betacaroteno estão associados a um risco aumentado de câncer de pulmão em fumantes do sexo masculino.

Valter Longo, diretor do Laboratório de Longevidade e Câncer do Instituto de Oncologia Molecular de Milão, destaca a importância da alimentação no envelhecimento. Em sua proposta de dieta, ele sugere priorizar alimentos de origem vegetal e limitar o consumo de proteínas animais, exceto peixes e crustáceos, que são ricos em ômega 3 e vitamina B12.

Com essas informações, é fundamental que a população, especialmente os mais velhos, priorize uma alimentação equilibrada e reavalie o uso de suplementos. A união da sociedade pode ser decisiva para promover hábitos saudáveis e apoiar iniciativas que incentivem uma alimentação adequada, beneficiando a saúde de todos.

O Globo

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