Resultados do Enade 2023 revelam queda na qualidade dos cursos de Medicina, com 20% não alcançando notas satisfatórias. CFM propõe exame nacional para garantir padrões.
Os resultados do Exame Nacional de Desempenho Estudantil (Enade) de 2023 indicam uma deterioração na qualidade dos cursos de Medicina em comparação a 2019. De acordo com os dados, 20% das graduações não alcançaram um nível satisfatório. Apesar disso, a área ainda apresenta um desempenho relativamente bom, com 45% das instituições obtendo notas 4 (boa) e 5 (ótima). Em 2019, esses números eram de 13% e 51%, respectivamente.
O Enade 2023 avaliou um total de 9,8 mil cursos, abrangendo 23 bacharelados e seis tecnólogos. Os formandos responderam a 40 questões, sendo dez de conhecimentos gerais e 30 específicas de suas áreas. Os cursos de Engenharia e as formações na área da Saúde foram os focos da avaliação deste ano. A graduação com o pior desempenho foi Engenharia Mecânica, onde mais da metade dos cursos avaliados obteve notas consideradas insuficientes.
Na área da Saúde, a Biomedicina também se destacou negativamente, com 48% dos cursos recebendo as piores notas. A expansão das faculdades de Medicina no Brasil, que quintuplicou desde 1990, gerou preocupações sobre a qualidade do ensino, especialmente nas instituições privadas, que representam 80% do total. Atualmente, existem 390 faculdades de Medicina no país, com cerca de 175 mil estudantes matriculados em cursos particulares.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) propõe a criação de um Exame Nacional de Proficiência em Medicina, semelhante ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para advogados. Essa proposta está em discussão no Senado, mas enfrenta resistência de diversos setores. A iniciativa visa garantir a qualidade do ensino médico no Brasil, que tem sido questionada devido à rápida expansão das faculdades.
Em 2018, o Ministério da Educação (MEC) suspendeu a criação de novos cursos de Medicina e o aumento de vagas em cursos existentes por cinco anos, alegando que as metas de expansão já haviam sido atingidas. Desde então, muitas instituições recorreram ao Judiciário para obter autorização para operar, resultando em liminares que permitiram a continuidade de suas atividades.
Diante desse cenário, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que visem à melhoria da formação médica no Brasil. Projetos que busquem garantir a qualidade do ensino e a formação de profissionais capacitados são essenciais para o futuro da saúde no país. A união em torno dessas causas pode fazer a diferença na formação de médicos mais bem preparados para atender à população.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Sedet-DF) abriu inscrições para o Projeto Pró-Comunidade, com oitenta vagas em cursos de qualificação profissional. As inscrições vão de 14 a 22 de abril, e as aulas começam em 05 de maio, visando ampliar as oportunidades de emprego na região.
A PUC-RS lançou 40 cursos online gratuitos com certificado, abrangendo áreas como Tecnologia e Saúde, promovendo acesso à educação de qualidade para todos.
Indígenas e especialistas clamam por uma educação que valorize a história e cultura originária no Brasil. Edson Kayapó e Vanda Witoto destacam a necessidade de reformar o ensino para incluir a rica diversidade cultural indígena e a história pré-colonial, evidenciando lacunas no material didático e na formação de professores. Iniciativas como bibliotecas itinerantes e conteúdos digitais buscam promover esse conhecimento, essencial para desconstruir estigmas e fortalecer identidades.
Censo Escolar revela crescimento de apenas 1,6% nas matrículas em creches, o menor desde 2007, com 39% de crianças de zero a três anos matriculadas, evidenciando desigualdades.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) oferece seis cursos gratuitos para pessoas com 60 anos ou mais, com foco em aprendizado e integração social. As inscrições são presenciais e limitadas a 168 vagas.
Resultados do Enade 2023 revelam queda na qualidade dos cursos de Medicina, com 20% não alcançando notas satisfatórias. CFM propõe exame nacional para garantir padrões.