Anvisa reconhece a necessidade de considerar a obesidade nas avaliações de medicamentos, mas sem regulamentação específica. A falta de dados sobre segurança e eficácia pode levar a riscos de overdose e subdose, alertam especialistas.
A falta de informações sobre a segurança e eficácia de medicamentos para pessoas com obesidade é uma preocupação crescente. Especialistas alertam que essa lacuna pode levar a riscos de overdose ou subdose, dependendo da absorção dos fármacos. O vice-presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), Bruno Halpern, destaca que pacientes em tratamento, como os de quimioterapia, podem receber doses inadequadas, comprometendo suas chances de recuperação.
Recentemente, a Anvisa reconheceu a importância de considerar a obesidade nas avaliações de medicamentos, embora ainda não exista regulamentação específica. A inclusão de pessoas com obesidade em estudos clínicos é insuficiente, o que limita a compreensão dos efeitos dos medicamentos nessa população. Um artigo publicado no periódico Current Obesity Reports em 2023 enfatiza a escassez de dados sobre como a obesidade altera a farmacocinética e a farmacodinâmica dos medicamentos.
Os autores do estudo citam exemplos de fármacos que apresentam efeitos modificados em pessoas com obesidade. O brexpiprazol, por exemplo, pode demorar mais para atingir níveis eficazes, enquanto a vortioxetina tem uma meia-vida prolongada. Outros medicamentos, como o diazepam e a micafungina, também apresentam riscos de eficácia reduzida ou superdosagem, o que não é alertado nas bulas.
Bruno Halpern observa que muitos profissionais de saúde desconhecem as diferenças na resposta a medicamentos em pessoas com obesidade. As bulas e diretrizes clínicas raramente oferecem orientações específicas para esse grupo. Ele ressalta que a cirurgia bariátrica também altera a absorção dos medicamentos, mas há pouca informação sobre as implicações desse processo.
A Anvisa, em comunicado, afirmou que, embora não haja regulamentação específica, as avaliações devem considerar fatores como peso e idade. Caso sejam identificados riscos relacionados à obesidade, essas informações devem ser incluídas nas bulas. No entanto, Halpern critica a resposta da Anvisa, afirmando que a inclusão de informações específicas não é obrigatória, o que pode prejudicar essa população.
Estudos mostram que pessoas com obesidade são frequentemente excluídas de pesquisas clínicas, limitando a capacidade dos profissionais de saúde de tratá-las adequadamente. Especialistas sugerem que esse grupo seja reconhecido como uma “população especial” em estudos clínicos. A inclusão de dados sobre obesidade nas bulas é essencial para garantir um tratamento mais seguro e eficaz. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que garantam a inclusão e a segurança no tratamento de pessoas com obesidade.
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