A carga global do acidente vascular cerebral (AVC) cresce, especialmente entre jovens. Estudo do Global Burden of Disease revela aumento de casos e mortes, destacando obesidade como fator crítico.
A carga global do acidente vascular cerebral (AVC) está em ascensão, conforme aponta um estudo do Global Burden of Disease (GDB) publicado na revista The Lancet Neurology. Em dois mil e vinte e um, foram registrados 11,9 milhões de novos casos e 7,3 milhões de mortes, tornando o AVC a terceira principal causa de óbitos no mundo, atrás apenas da doença cardíaca isquêmica e da covid-19. No Brasil, ocorreram 239 mil novos casos e 126 mil mortes pela doença, que se divide em dois tipos: isquêmico, mais comum, e hemorrágico, mais letal.
Embora as taxas de incidência e mortalidade tenham diminuído globalmente desde mil novecentos e noventa, a carga da doença está crescendo, especialmente entre populações mais jovens. O aumento da obesidade e outros fatores de risco, como diabetes e hipertensão, são apontados como principais responsáveis por essa tendência. Nos Estados Unidos, a taxa de novos casos de AVC cresceu em média 0,26% ao ano entre dois mil e quinze e dois mil e vinte e um, enquanto no Brasil a redução foi de apenas 0,75% no mesmo período.
Os pesquisadores do GDB destacam que as estratégias de prevenção atuais não são suficientes para conter o aumento da carga do AVC. O epidemiologista Theo Vos, um dos autores do estudo, enfatiza que o aumento da obesidade, que dobrou globalmente desde mil novecentos e noventa, impacta significativamente a incidência de AVC. Além disso, a hipertensão continua a ser o principal fator de risco, seguido pela poluição do ar, tabagismo e colesterol LDL elevado.
O estudo também revela que, globalmente, as taxas de AVC aumentaram em todas as idades abaixo de setenta anos, enquanto houve uma redução para pessoas com setenta anos ou mais. Isso está relacionado ao aumento da prevalência de hipertensão e diabetes tipo 2 entre jovens adultos, especialmente em países de renda baixa e média, como o Brasil. O cardiologista Álvaro Avezum alerta que eventos cardiovasculares, como infarto e AVC, têm ocorrido cada vez mais cedo, refletindo a falta de controle sobre fatores de risco.
Além das mortes, o AVC é a quarta causa de incapacitação no mundo, levando a sequelas permanentes ou temporárias. O neurocirurgião Marcelo Valadares destaca que o AVC pode afetar a mobilidade, a cognição e a linguagem, resultando em um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Apesar dos avanços na sobrevivência, com um aumento para 93,8 milhões de sobreviventes em dois mil e vinte e um, a prevenção ainda é um desafio, especialmente para aqueles que nunca sofreram um AVC.
É fundamental que a sociedade se una para enfrentar essa crescente ameaça à saúde pública. A implementação de estratégias eficazes de prevenção e controle de fatores de risco, como hipertensão e obesidade, é urgente. Vítimas do AVC e suas famílias podem precisar de apoio na recuperação e na adaptação a novas realidades. Projetos que promovam a saúde e o bem-estar da população devem ser incentivados, pois a união pode fazer a diferença na luta contra essa doença devastadora.
Com a chegada do frio, aumentam os atendimentos por doenças respiratórias em crianças, com destaque para a bronquiolite, que leva à internação de bebês. O Hospital Regional de Santa Maria registrou 8.960 atendimentos em 2023. A vacina Abrysvo, aprovada para gestantes, começará a ser aplicada em 2026, reforçando a prevenção contra infecções respiratórias.
A pesquisadora Michele Prado alerta sobre a radicalização online entre jovens, destacando a crueldade em transmissões ao vivo e a coação em plataformas digitais. Ela enfatiza a importância do diálogo aberto entre pais e filhos para identificar sinais de radicalização e prevenir ações violentas.
Aumento de atendimentos pediátricos por doenças respiratórias preocupa, com bronquiolite liderando internações. Vacina Abrysvo será disponibilizada no SUS a partir de 2026.
Projeto de Lei 4090/24 propõe isenção de ICMS para próteses mamárias de silicone, visando facilitar a reconstrução mamária após mastectomia. Medida busca garantir dignidade e autoestima às mulheres.
Ministério da Saúde inaugura Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico em Brasília. A iniciativa, em parceria com a Fiocruz, visa promover saúde e educação sobre plantas medicinais.
Pesquisadores da Universidade do Alabama identificam golpes na cabeça e agrotóxicos como fatores de risco modificáveis para a doença de Parkinson. O estudo, que analisou 1.223 voluntários, revela que esses fatores podem prevenir até um terço dos casos diagnosticados. A pesquisa destaca a importância de eliminar produtos químicos tóxicos e tornar esportes de contato mais seguros para reduzir diagnósticos da doença.