Inteligência Artificial pode prever arritmias e paradas cardíacas com mais de 70% de precisão, oferecendo novas esperanças na prevenção de mortes súbitas. Estudo foi publicado no European Heart Journal.
A morte súbita cardíaca é uma das principais causas de óbitos no mundo, com mais de cinco milhões de mortes anuais, frequentemente em pessoas sem histórico de doenças cardíacas. Um novo estudo publicado no European Heart Journal revela que uma rede neural artificial, desenvolvida por pesquisadores do Inserm e da Universidade Paris Cité, em colaboração com especialistas dos Estados Unidos, pode prever arritmias e paradas cardíacas fatais com até duas semanas de antecedência, alcançando mais de setenta por cento de precisão na identificação de pacientes em risco.
A tecnologia analisa eletrocardiogramas ambulatoriais (ECGs) para detectar sinais elétricos sutis que indicam um risco iminente de arritmia grave. O algoritmo, criado pela Cardiologs, empresa do grupo Philips, foi alimentado com mais de duzentos e quarenta mil ECGs coletados em seis países, incluindo Estados Unidos, França e Reino Unido. O foco da análise está nos ventrículos cardíacos e no tempo necessário para sua contração e relaxamento, fatores críticos para a avaliação do risco cardíaco.
Os resultados são promissores: o algoritmo conseguiu identificar corretamente mais de noventa e nove por cento dos pacientes fora de risco, minimizando alarmes falsos e aumentando a confiabilidade do método. Essa detecção precoce pode possibilitar intervenções preventivas antes do surgimento de sintomas ou complicações, representando uma mudança significativa na abordagem médica.
Os pesquisadores acreditam que a aplicação prática dessa tecnologia pode ocorrer em breve, com a possibilidade de integração em dispositivos de monitoramento contínuo, como Holters e smartwatches. O diretor de pesquisa do Inserm, Eloi Marijon, destaca que, até agora, a avaliação do risco cardíaco era feita em médio ou longo prazo, mas agora é possível agir com antecedência de dias ou até horas.
Embora os resultados sejam encorajadores, os especialistas ressaltam a importância de validar a eficácia e segurança do algoritmo em ambientes clínicos antes de sua implementação em larga escala. Os principais fatores de risco para paradas cardíacas incluem doenças cardíacas pré-existentes, estilo de vida e histórico familiar, como doenças arteriais coronarianas, arritmias e hipertensão.
Essa inovação pode impactar significativamente a prevenção de mortes súbitas. A união da sociedade civil é fundamental para apoiar iniciativas que visem a implementação de tecnologias como essa, que podem salvar vidas e melhorar a saúde pública. Projetos que promovam a pesquisa e o desenvolvimento de soluções inovadoras na área da saúde devem ser incentivados e apoiados por todos nós.
A Câmara dos Deputados regulamenta as funções de Agente Indígena de Saúde e Saneamento. A proposta aprovada exige que os profissionais sejam indígenas, residentes na comunidade, e tenham formação específica. O prazo para adequação às novas regras foi ampliado para quatro anos, visando facilitar o acesso à saúde nas comunidades. A contratação seguirá as normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A proposta ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo Senado.
STJ confirma indenização de R$ 300 mil e pensão vitalícia a paciente com doença rara após uso de drospirenona. Laboratório é responsabilizado por danos à saúde.
Polipílula desenvolvida no Brasil promete prevenir AVC ao combinar três medicamentos. O estudo PROMOTE, do Hospital Moinhos de Vento e Ministério da Saúde, mostra redução significativa da pressão arterial e colesterol em pacientes de risco moderado.
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Modelo Carol Ribeiro, diagnosticada com esclerose múltipla, destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento pelo SUS. Após meses de sintomas confusos, como falhas ao caminhar e cansaço extremo, ela finalmente buscou ajuda médica. A esclerose múltipla, uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, pode ser confundida com outras condições. O tratamento está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), essencial para controlar a progressão da doença.
Mobilização nas escolas públicas inicia para atualizar a caderneta de vacinação de 27,8 milhões de alunos, com meta de vacinar 90% até 15 anos. Ação envolve 5.544 municípios e R$ 150 milhões.