Censo Escolar 2024 mostra leve aumento nas matrículas do ensino médio, mas educação técnica permanece crítica, com apenas 13% de alunos nessa modalidade. O Brasil ainda não cumpriu metas do PNE.
O Censo Escolar 2024, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) em 9 de abril, revela que o Brasil ainda não cumpriu totalmente as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014, que deveriam ser alcançadas em 2023. No ensino médio, houve um leve aumento nas matrículas na rede pública, passando de 6,69 milhões em 2023 para 6,76 milhões em 2024. A taxa de alunos com idade certa (até 17 anos) também melhorou, subindo de 82% para 87% no mesmo período.
A distorção série-idade, que contribui para a evasão escolar, é um desafio persistente, especialmente a partir do primeiro ano do ensino médio. O modelo de ensino em tempo integral, que oferece mais horas de aula e um currículo adaptável, tem mostrado resultados positivos na aprendizagem e na redução da evasão. Em 2024, 22,9% dos alunos da educação básica na rede pública estavam matriculados nesse modelo, uma alta de 2,3 pontos em relação ao ano anterior, quase atingindo a meta do PNE de 25%.
No entanto, a educação técnica no nível médio continua precária. O PNE estabeleceu que as matrículas na educação profissional deveriam triplicar em dez anos, passando de 1,6 milhão para 4,8 milhões. Em 2024, o total foi de apenas 2,38 milhões, resultando em apenas 13% dos alunos do ensino médio cursando essa modalidade, enquanto a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 44%.
A situação da educação infantil também é preocupante. O PNE previa que 50% das crianças de 0 a 3 anos estivessem em creches, mas em 2024 esse número foi de apenas 38,7%. Na pré-escola, que atende crianças de 4 e 5 anos, houve uma queda de 0,7% nas matrículas em relação a 2023, com uma cobertura de 92,9%, enquanto a meta era a universalização.
Um novo PNE está prestes a ser discutido no Congresso Nacional. Contudo, o censo destaca que estabelecer objetivos sem a implementação adequada e monitoramento contínuo não é suficiente. A educação brasileira ainda enfrenta muitos desafios e não pode se dar ao luxo de desperdiçar mais tempo.
Em um cenário onde a educação é fundamental para o desenvolvimento social e econômico, iniciativas que promovam melhorias na educação podem fazer a diferença. A união da sociedade civil é essencial para apoiar projetos que visem transformar a realidade educacional do país.
Indígenas e especialistas clamam por uma educação que valorize a história e cultura originária no Brasil. Edson Kayapó e Vanda Witoto destacam a necessidade de reformar o ensino para incluir a rica diversidade cultural indígena e a história pré-colonial, evidenciando lacunas no material didático e na formação de professores. Iniciativas como bibliotecas itinerantes e conteúdos digitais buscam promover esse conhecimento, essencial para desconstruir estigmas e fortalecer identidades.
A UnDF lança a 2ª edição dos Programas Institucionais de Iniciação Científica e de Desenvolvimento Tecnológico, com 60 bolsas de R$ 700 por 12 meses. Inscrições de 28 de abril a 12 de maio.
Inep revela que apenas 49% das crianças do 2º ano estão alfabetizadas, contrastando com os 56% do programa Criança Alfabetizada, gerando desconfiança sobre os dados educacionais.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie lança cursos gratuitos, presenciais e online, visando inclusão educacional e desenvolvimento profissional. Inscrições abertas para todos os interessados.
O Instituto do Teatro Brasileiro (ITB) abre inscrições para cursos gratuitos em artes cênicas. O programa visa capacitar jovens de baixa renda com ensino médio completo, oferecendo 180 vagas em São Paulo e Mogi das Cruzes. As aulas começam em junho e incluem formação em produção cultural, técnicas de luz, palco e som. As inscrições vão até 11 de maio.
O trágico caso do "desafio do desodorante" resultou na morte de uma criança, gerando um alerta sobre a segurança digital. Especialistas pedem educação midiática e responsabilização de pais, educadores e plataformas. A falta de regulamentação e a influência de influenciadores digitais são preocupações centrais.