Educação

Desafio do desodorante alerta para a necessidade de educação midiática entre crianças e adolescentes

O trágico caso do "desafio do desodorante" resultou na morte de uma criança, gerando um alerta sobre a segurança digital. Especialistas pedem educação midiática e responsabilização de pais, educadores e plataformas. A falta de regulamentação e a influência de influenciadores digitais são preocupações centrais.

Atualizado em
April 17, 2025
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Os especialistas criticaram a atuação das plataformas digitais, que frequentemente não implementam mecanismos eficazes de proteção - (crédito: Carlos Vieira/CB/DA Press )

O trágico incidente envolvendo o "desafio do desodorante", que resultou na morte de uma criança, gerou um alerta sobre a segurança de jovens nas redes sociais. Especialistas em comunicação, durante um seminário na Universidade de Brasília (UnB), enfatizaram a necessidade de uma educação midiática eficaz, destacando que a responsabilidade não deve recair apenas sobre as crianças, mas também sobre adultos, como pais e educadores.

A professora Bianca Becker, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), questionou a lógica de permitir que crianças naveguem nas redes sociais sem supervisão, comparando essa situação ao fato de não deixá-las sozinhas em locais inseguros. A juíza Paula Ramalho reforçou a urgência de responsabilizar as plataformas digitais, que frequentemente falham em proteger seus usuários.

Os professores Vitor José Braga e Tatiana Aneas, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e da Universidade Federal de Sergipe (UFS), respectivamente, ressaltaram a importância de políticas públicas que promovam a educação midiática nas escolas e nas famílias. Tatiana destacou que, embora haja um discurso forte sobre a necessidade dessa educação, sua implementação ainda é insuficiente.

O seminário também abordou a crítica à atuação das plataformas digitais, que muitas vezes evitam fornecer informações à Justiça e não implementam mecanismos de proteção adequados. Braga apontou a assimetria de poder entre as grandes empresas de tecnologia e a sociedade, que frequentemente responsabiliza os mais vulneráveis, como pais e crianças.

Os influenciadores digitais, que têm um papel central na comunicação atual, foram discutidos como agentes que precisam ser incluídos nos debates sobre ética digital. Marina Lopes, da UnB, mencionou que a profissão de influenciador é crescente, mas carece de regulamentação e formação adequada, o que pode levar à promoção de práticas perigosas.

É essencial que a sociedade se una para criar um ambiente digital mais seguro e educativo. Projetos que visem apoiar a formação de famílias e a conscientização sobre o uso responsável das redes sociais podem fazer a diferença. A união em torno de iniciativas que promovam a educação midiática é fundamental para proteger as crianças e adolescentes em um mundo cada vez mais digital.

Correio Braziliense

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