Professora da USP, Nadya Araújo Guimarães, destaca a urgência de políticas que protejam cuidadores no Brasil, especialmente mulheres negras, em colóquio sobre a "crise do cuidado".
A professora Nadya Araújo Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), destaca a urgência de cuidar dos cuidadores no Brasil. Apesar da existência de estatutos que garantem direitos a crianças, adolescentes e idosos, a falta de atenção aos provedores de cuidado, especialmente mulheres negras, é alarmante. Durante um colóquio na USP, Guimarães apresentará suas pesquisas sobre a "crise do cuidado", um conceito que, segundo ela, se tornou evidente com a pandemia e a crescente demanda por cuidadores.
O conceito de "crise do cuidado" surgiu em países desenvolvidos, mas no Brasil, a situação é distinta. Guimarães observa que as mulheres negras já estão inseridas no mercado de trabalho de cuidado há muito tempo, frequentemente sem regulamentação profissional. A falta de formação e certificação para essas cuidadoras é um problema significativo, que precisa ser abordado para melhorar suas condições de trabalho e garantir seus direitos.
Estudos indicam que a qualificação pode reduzir o risco de desemprego entre as cuidadoras. A pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro revelou que as cuidadoras que participaram de cursos de formação tiveram uma queda notável no desemprego. A socióloga ressalta que o cuidado começou a ser estudado na sociologia apenas na década de noventa, embora já houvesse discussões sobre o trabalho não remunerado feminino desde os anos setenta.
As políticas públicas de cuidado no Brasil carecem de uma abordagem transversal. Guimarães explica que a questão do cuidado não se limita a creches ou instituições de acolhimento, mas envolve a inserção das mulheres no mercado de trabalho e a necessidade de articulação entre diferentes áreas, como saúde e educação. A pandemia evidenciou que todos, em algum momento, dependemos de cuidado, reforçando a ideia de que o cuidado deve ser considerado um bem público.
A professora critica a falta de atenção aos provedores de cuidado nas políticas públicas, que historicamente focaram nos beneficiários. Ela destaca a importância de políticas que ofereçam "respiro" para as cuidadoras, permitindo que elas tenham momentos de descanso e cuidado pessoal. No entanto, a implementação dessas políticas enfrenta desafios orçamentários e a necessidade de uma articulação eficaz em nível municipal.
O Brasil possui estruturas institucionais sólidas, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Único de Assistência Social (Suas), mas a construção de uma política de cuidado transversal é um desafio. A proteção dos cuidadores deve ser uma prioridade, e a sociedade civil pode desempenhar um papel fundamental em apoiar iniciativas que promovam a valorização e a regulamentação desse trabalho essencial. A união em torno dessa causa pode fazer a diferença na vida de muitas mulheres que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros.
Mais de 100 pessoas assinaram um manifesto contra a decisão do ICMBio e da Funai, que mantém os Guarani Mbya em uma reserva biológica no Paraná. O Fórum de Povos Tradicionais de Guaraqueçaba repudiou a medida, destacando a fragilidade da proteção ambiental.
Deputada Talíria Petrone propõe lei para que empresas de aplicativo ofereçam vale-refeição aos entregadores, visando combater a insegurança alimentar entre esses trabalhadores.
Cerca de 800 fiéis participaram do Domingo de Ramos na Catedral Metropolitana de Brasília, conduzidos pelo cardeal Dom Paulo Cezar, que ressaltou a importância da tradição e do amor a Cristo. A celebração também marcou o início da Coleta Nacional da Campanha da Fraternidade 2025, voltada para projetos sociais.
Ywyzar Tentehar, jovem atriz do povo Tentehar, destaca a pintura corporal como símbolo de luta no Acampamento Terra Livre, em Brasília, em defesa dos direitos indígenas.
O Programa Bolsa Maternidade do Governo do Distrito Federal cresceu 474% na entrega de kits para mães em vulnerabilidade social, beneficiando mais de 19 mil mulheres desde 2020.
Alexandre Borba, o Gaules, arrecadou R$ 883 mil para causas sociais entre 2023 e 2024. Ele utiliza ferramentas como LivePix para facilitar doações, engajando sua comunidade jovem em ações solidárias.