Representantes afrodescendentes de 16 países da América Latina e Caribe lançaram a "Declaração de Brasília", exigindo mais participação na COP30 e destacando suas contribuições e desafios climáticos.

Representantes afrodescendentes de dezesseis países da América Latina e do Caribe estão exigindo maior visibilidade na Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em Belém. Durante o encontro internacional “Vozes Afrodescendentes a Caminho da COP30”, realizado em Brasília, foi lançada a "Declaração de Brasília". Este documento destaca as contribuições econômicas, políticas e socioambientais dessa população, além dos impactos da crise climática em seus territórios.
A declaração evidencia a persistência de desigualdades e a falta de dados específicos sobre os povos afrodescendentes, o que dificulta o acesso a políticas públicas que promovam o desenvolvimento e a proteção de seus territórios. Os representantes ressaltam que essas comunidades atuam como "guardiões ambientais dos bens naturais", especialmente em ecossistemas diversos, como a Amazônia.
Além de reivindicar uma participação efetiva nos espaços de decisão, o grupo propõe a implementação de medidas concretas que garantam a segurança e o bem-estar de jovens e mulheres afrodescendentes. Eles clamam por condições que permitam viver em territórios ancestrais livres de violência e poluição, com acesso pleno à educação, saúde, recreação e esportes.
A "Declaração de Brasília" também menciona a necessidade de reconhecimento da dívida histórica e a implementação de reparações através de ações que promovam justiça climática, racial e étnica. O documento foi elaborado com a participação de representantes de nove países, organizações parceiras e integrantes do governo brasileiro.
O evento em Brasília foi um marco para a mobilização das comunidades afrodescendentes, que buscam garantir que suas vozes sejam ouvidas nas discussões sobre mudanças climáticas. A presença dessas comunidades é fundamental para a construção de soluções que respeitem seus saberes e práticas tradicionais de manejo de recursos naturais.
Iniciativas como a "Declaração de Brasília" merecem apoio e reconhecimento. A união da sociedade civil pode ser crucial para fortalecer essas vozes e garantir que as demandas por justiça e igualdade sejam atendidas. Mobilizar recursos para apoiar esses projetos é uma forma de contribuir para um futuro mais justo e sustentável.

A Defesa Civil de São Paulo alerta para temporais e queda brusca de temperatura a partir de segunda-feira (23), com mínimas podendo atingir 2°C. Abrigos para pessoas em situação de rua serão montados.

Moradores da Vila da Barca, em Belém, protestam contra a construção de uma estação elevatória de esgoto que beneficiará áreas nobres, sem consulta prévia à comunidade. O governo garante que não há riscos sanitários.

Foi criada a Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do Rio Doce, com 45.417 hectares, como parte do acordo judicial pós-rompimento da barragem de Fundão, beneficiando comunidades tradicionais e a biodiversidade local.

São Paulo lança o Programa de Conservação da Araucária (Pró-Araucária) para proteger a Araucaria angustifolia e promover o desenvolvimento sustentável, beneficiando comunidades locais e a economia regional. A iniciativa integra conservação ecológica, restauração e valorização cultural, permitindo a extração sustentável do pinhão fora do período tradicional.

O programa Recicla Cidade, da Tetra Pak, tem promovido a reciclagem em municípios pequenos, resultando em um aumento de 80% na coleta em oito cidades da Grande São Paulo e a criação de uma moeda social em Salesópolis.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou investimentos de R$ 491,3 milhões para a transposição do rio São Francisco em Pernambuco e criticou o governo anterior por paralisias em obras. Durante visitas ao Nordeste, Lula enfatizou a importância de garantir que a água chegue às casas e prometeu não permitir retrocessos. Ele destacou que a transposição é uma "redenção de um povo" e que a obra deve ser concluída até 2028.