Laboratório é condenado a indenizar mulher com pitiríase rubra pilar em R$ 300 mil e pensão vitalícia de cinco salários mínimos após estudo clínico. Justiça reforça responsabilidade do patrocinador.
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a condenação do Aché Laboratórios a indenizar uma mulher em R$ 300 mil e a pagar uma pensão vitalícia de cinco salários mínimos, totalizando R$ 7,5 mil mensais. A paciente desenvolveu pitiríase rubra pilar, uma condição dermatológica rara, durante um estudo clínico que testava um medicamento similar a anticoncepcionais orais. O caso ocorreu em Goiás e levantou questões sobre a responsabilidade dos patrocinadores em ensaios clínicos.
Segundo o processo, a mulher apresentou os primeiros sintomas da doença após a segunda aplicação do medicamento, que combinava drospirenona e etinilestradiol. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) já havia determinado a indenização, considerando a incapacidade gerada pelas sequelas da doença. O laboratório argumentou que a decisão do TJGO exigiu provas que seriam impossíveis de serem apresentadas.
A defesa do laboratório alegou que a manifestação da doença dois meses após o início do estudo não poderia ser considerada como prova de nexo de causalidade. A empresa também solicitou a redução dos valores da condenação, citando que a renda da mulher era inferior a um salário mínimo antes do estudo. Contudo, o STJ manteve a decisão anterior, reforçando a responsabilidade do laboratório.
A ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, destacou que a Resolução da Diretoria Colegiada nº 9 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece que o patrocinador deve arcar com todas as despesas relacionadas a eventos adversos em ensaios clínicos. Além disso, a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde também responsabiliza os envolvidos na pesquisa por danos e complicações que possam ocorrer.
O caso ressalta a importância da proteção dos participantes em estudos clínicos e a necessidade de garantir que os patrocinadores assumam suas responsabilidades. A decisão do STJ pode servir de precedente para outras situações semelhantes, reforçando a necessidade de cuidados éticos e legais em pesquisas com seres humanos.
Em situações como essa, a solidariedade da sociedade pode fazer a diferença na vida de pessoas afetadas por eventos adversos em estudos clínicos. A união em torno de causas sociais pode proporcionar o suporte necessário para que vítimas como essa mulher recebam a assistência e o tratamento adequados.
Estudo da Unicamp revela que receptor P2X4 em macrófagos é chave na dor muscular crônica. Exercício físico ativa via que torna macrófagos anti-inflamatórios, prevenindo dor persistente.
Suicídio entre músicos é alarmante, exigindo intervenções urgentes. Artigo destaca a vulnerabilidade de artistas e propõe ações para desestigmatizar o tema.
Pesquisadores da Uece e UFABC revelam que exercícios combinados melhoram a saúde de mulheres pós-menopausa com diabetes tipo 2. A metanálise destaca a importância de políticas públicas para promover a atividade física e prevenir complicações.
IgesDF promove Mês Nacional da Segurança do Paciente com palestras e dinâmicas. A campanha visa fortalecer a cultura de segurança e acolhimento nas unidades de saúde, destacando a importância da notificação de eventos adversos.
Câmara dos Deputados aprova programa de saúde mental para idosos, priorizando vulneráveis e cuidadores. Medida visa melhorar qualidade de vida e acolhimento dessa população.
Desafio do desodorante resulta em tragédia com morte de criança em Ceilândia, levantando preocupações sobre segurança online e a necessidade de monitoramento parental.