Pesquisadores propõem Fundo de Royalties Verdes de US$ 20 bilhões para evitar exploração de petróleo na foz do Amazonas. A iniciativa visa compensar Estados e municípios, promovendo alternativas sustentáveis em meio a críticas sobre a exploração em áreas sensíveis.
Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), em colaboração com cientistas do Museu do Amanhã, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), propuseram a criação de um Fundo de Royalties Verdes de US$ 20 bilhões. O objetivo é compensar Estados e municípios pela não exploração de petróleo na foz do Amazonas, oferecendo uma alternativa sustentável em um cenário de mudanças climáticas.
O estudo, publicado na revista “Perspectives in Ecology and Conservation”, destaca que o fundo geraria royalties verdes suficientes para garantir receitas estáveis a longo prazo. Com base na taxa Selic de 11,25%, os rendimentos anuais do fundo seriam de US$ 2,2 bilhões, equivalentes ao que seria obtido com a exploração de petróleo por 27 anos.
André Guimarães, diretor-executivo do Ipam e um dos autores do estudo, enfatiza que o Brasil deve demonstrar compromisso com a redução das emissões de carbono, especialmente durante a Conferência das Partes (COP30) que ocorrerá no país. Ele critica a possibilidade de abrir poços de petróleo na foz do Amazonas, afirmando que isso envia sinais contraditórios ao mundo.
A proposta considera a produção de dez bilhões de barris de petróleo em 27 anos, com um preço médio projetado de US$ 67 por barril. Os lucros estimados seriam de US$ 24,8 bilhões anuais, resultando em uma receita de US$ 3,7 bilhões, sendo US$ 2,2 bilhões destinados a Estados e municípios e US$ 1,5 bilhão para o governo federal.
Os pesquisadores também analisaram os royalties do petróleo no Estado do Rio de Janeiro, que detém 80% das reservas offshore do Brasil. Apesar dos altos valores recebidos, os lucros não se traduziram em melhorias significativas para a população, com apenas duas cidades apresentando avanços no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre 2014 e 2023.
O estudo sugere que o Tesouro Nacional contribua com um capital inicial para o fundo e que outros países e empresas sejam convidados a se unir ao esforço de não exploração de petróleo. A proposta visa promover um debate sobre alternativas ao petróleo, buscando um futuro sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que priorizem o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental.
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MP-SP investiga a Sabesp por poluição nas represas Billings e Guarapiranga, após denúncias de contaminação química e falta de manutenção no esgoto. Moradores reclamam da qualidade da água.
André Corrêa do Lago e Ana Toni se juntam a indígenas no Acampamento Terra Livre em Brasília, promovendo diálogos sobre direitos e sustentabilidade antes da COP30 em Belém.
Projeto de Lei 1725/25 proíbe novas explorações de petróleo na Amazônia. Ivan Valente argumenta que a medida é necessária para evitar desastres ambientais e promover a recuperação da região. A proposta inclui um plano de transição para operações existentes e financiamento através de compensações ambientais. A discussão está acirrada no governo, com apoio de Lula e resistência de Marina Silva. Se aprovado, pode encerrar os planos da Petrobras na área.
Governo de São Paulo instalará barreira flutuante no Rio Tietê para conter aguapés, enquanto Cetesb interdita praias devido à toxicidade das algas. Medidas visam mitigar impactos ambientais e de navegação.
II Fórum de Programas de Fauna, promovido pelo Ibama, reuniu 100 especialistas em Brasília e 3.500 online para discutir licenciamento ambiental e biodiversidade. Iniciativas mostraram resultados positivos na conservação.